Há já algum tempo, e cada vez mais, a imprensa noticia que milhares e milhares de cristãos estão-se a afastar da Igreja Católica para seguir novos movimentos religiosos. Vemos assim que o católico costuma ser pacífico e bom ouvinte. Por outro lado, sabemos que muitos católicos assim se declaram, porque foram batizados quando crianças, não tendo, após isso, uma verdadeira vida cristã: nunca foram à Igreja, nunca tiveram interesse em participar nos grupos comunitários, e nunca se aprofundaram no estudo bíblico e doutrinário da Igreja, fazendo no máximo a primeira comunhão.
Para discutir este problema, existem hoje duas correntes de pensamento dentro da própria Igreja Católica: a primeira acha positivo este “ êxodo “, já que ocorre uma purificação interna dentro da própria Igreja, uma vez que, como está comprovado, só deixam de ser católicos aqueles que pouco interesse têm pela Igreja. A segunda, embora reconhecendo que essa “ purificação “ possa ser positiva para o aumento da qualidade dos fiéis católicos, afirma que não é justo permitir o afastamento do “ joio “, já que estes foram, na maioria das vezes, conquistados de forma ilícita, isto é, por desconhecerem a sã doutrina da Igreja Católica, mudando de fé, graças a atitudes pouco ecuménicas por parte da maioria dos dirigentes de outras “igrejas”, que aproveitando o facto do pouco conhecimento religioso de boa parte dos católicos, converte-os às suas respectivas religiões usando, para isso, de artimanhas verdadeiramente ante ecumênicas.
De uma forma ou de outra, a própria Igreja Católica reconhece que é necessário uma nova evangelização, buscando aprofundar as raízes de todos os fiéis católicos, bem como de todos os homens de boa vontade.